Primeiro, gostaria de esclarecer que toda a espécie de energúmenos que habitam este quadrado defeituoso são isso mesmo: energúmenos. E, embora não todos, alguns são também, à imagem do quadrado, defeituosos - em termos de malformações físicas, problemas capilares ou anexos metálicos, maioritariamente. É esse tipo de condicionantes que possibilita que, por exemplo, um energúmeno como o que assina "Vértice de Trás" diga que Maria de Lurdes Rodrigues é uma espécie de Yebda a interior-esquerdo. Estaremos todos certos de que se trata de uma estupidez completa, embora em última análise, tudo se desculpe por este ser não só um energúmeno, como um dos referidos defeituosos. Acontece que a Malu, como lhe chama o Vértice de Trás, nem por sombras tem qualquer semelhança com Yebda. Começaria por dizer que me parece é evidente que o franco-argelino é bem mais atraente do que a Maria, que não bastava feia se não ordinarona. Ora, interior-esquerda é coisa que a Malu não é certamente. Arrisco que, mesmo sendo argelino, o simpático rapaz será mais canhoto do que a Maria de Lurdes, que de socialista terá, talvez, o nome (que é de operária têxtil).
Depois deste esclarecimento prévio, gostaria de não dizer mais nada. Saúde aos presentes.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
A avaliação deste professor? 0 em 20
Dizem os teóricos que a história não se repete, mas ontem isso esteve muito, muito perto de acontecer: uma equipa orientada por Carlos Queiroz sofreu seis golos, vendo o adversário passar por várias vezes a 200 à hora por uma faixa esquerda completamente abandonada à sua sorte. Bate certo com um certo dia de Maio de 1994? Bate, bate! Só falha uma coisa: duvido que o João Moutinho tenha chorado de felicidade como então lacrimejou...
Não sei a que raio se propunha Gilberto Madail quando viu o «sargentão» fugir a sete pés. Mas se queria ver a população sofrer, voltar a recorrer à calculadora e aliviar mais vezes a bexiga em jogos da selecção, fez a escolha certa. É que, convenhamos, Queiroz só não é pior que José Gomes e Luís Campos - tenho a leve impressão de ter encontrado o pódio mais ridículo do futebol português - porque ganhou uma Taça de Portugal ao Marítimo e uma supertaça espanhola ao Maiorca de... Jaime Pacheco.
De resto, o nosso mais eminente professor de Educação Física contribuiu para a presença de técnicos portugueses em meio mundo - desde o Japão até aos «States», levando com ele inúmeros adjuntos, alguns dos quais (como José Alberto Costa, Peseiro e Toni) melhores do que ele na função de treinador, sem ganhar a mais leve ponta de um corno.
Quando o Zdenek Zeman português, Jorge Jesus - há que dar-lhe os parabéns pela excelsa modificação capilar que ostenta, década e meia depois do Amora na Zona Sul da II Divisão B -, vem declarar aos quatro ventos, enquanto masca pastilhas Bublicious, que os técnicos portugueses são do melhor que há no mundo a nível táctico, o Queiroz faz o enorme favor de desmentir essa teoria - e em grande, como não poderia deixar de ser...
Resumindo: se com Artur Jorge houve Octávio, se com Toni houve Jesualdo Ferreira, se com Jesualdo Ferreira houve Carlos Azenha, se com Paco Fortes houve Fanã, contratem o Nelo Vingada para adjunto. Vendo bem, sem ele, não teríamos sido bicampeões mundiais de sub-20.
Não sei a que raio se propunha Gilberto Madail quando viu o «sargentão» fugir a sete pés. Mas se queria ver a população sofrer, voltar a recorrer à calculadora e aliviar mais vezes a bexiga em jogos da selecção, fez a escolha certa. É que, convenhamos, Queiroz só não é pior que José Gomes e Luís Campos - tenho a leve impressão de ter encontrado o pódio mais ridículo do futebol português - porque ganhou uma Taça de Portugal ao Marítimo e uma supertaça espanhola ao Maiorca de... Jaime Pacheco.
De resto, o nosso mais eminente professor de Educação Física contribuiu para a presença de técnicos portugueses em meio mundo - desde o Japão até aos «States», levando com ele inúmeros adjuntos, alguns dos quais (como José Alberto Costa, Peseiro e Toni) melhores do que ele na função de treinador, sem ganhar a mais leve ponta de um corno.
Quando o Zdenek Zeman português, Jorge Jesus - há que dar-lhe os parabéns pela excelsa modificação capilar que ostenta, década e meia depois do Amora na Zona Sul da II Divisão B -, vem declarar aos quatro ventos, enquanto masca pastilhas Bublicious, que os técnicos portugueses são do melhor que há no mundo a nível táctico, o Queiroz faz o enorme favor de desmentir essa teoria - e em grande, como não poderia deixar de ser...
Resumindo: se com Artur Jorge houve Octávio, se com Toni houve Jesualdo Ferreira, se com Jesualdo Ferreira houve Carlos Azenha, se com Paco Fortes houve Fanã, contratem o Nelo Vingada para adjunto. Vendo bem, sem ele, não teríamos sido bicampeões mundiais de sub-20.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Esta bujarda não inclui a palavra losango.
Ser invectivado a participar num estabelecimento desta envergadura é aborrecido por diversas razões. Podia enumerá-las, é certo, mas não o vou fazer. Fosse eu um obtuso ângulo ou tecnicidade pitagórica como alguns membros deste espaço fazem questão de se apresentar e talvez optasse por entrar aqui com declarações defensivas e palavreado cagão. Não o farei, pelo menos até terminar este já parvamente gigantesco parágrafo.
Antes de partir para uma análise técnico-táctica das peculiaridades da Liga com álcool faço aqui um parêntese face ao diminutivo apresentado na mensagem anterior pelo camarada Vértice de Trás (alcunha demasiado reveladora da orientação sexual, talvez) face à senhora ministra da educação, a conhecida Maria de Lurdes "Pol Pot" Rodrigues. Discordo completamente do diminutivo Malú. Quanto muito seria Milú, como aquela vizinha do lado de 97 anos com os ossinhos todos rendilhados pela osteoporose, porque Malú já está tomado pela Mader.
Em relação à Liga Sagres, as coisas parecem correr bem lá para o lado de Matosinhos. Ah, já agora, antes que me esqueça, alguém que diga aos tipos do Eurogoals na Eurosport que agora somos patrocinados pela companhia de bejecas, porque aquela rapaziada ainda transmite a partir da Superliga.
A grande questão nos dias que correm é que o Mota é o maior, com boné na flash interview ou sem boné na flash interview. Ora quando o camarada Pipi (nova referência sexual francamente mal encapotada) vem dizer "O Zé Mota achei-o despido", há que rectificar. Primeiro porque acredito piamente que o sucesso do Leixões e do Mota neste campeonato está intimamente ligado à melhoria na ventilação crânio-encefálica do Mota, esse mítico lateral que tem no coração o Paços e o Aliados do Lordelo. Com o desaparecimento do boné o Mota não está despido, está é mais arejado.
Num tema completamente diferente, confesso que me esforço por não gostar do Quique, principalmente depois da anti-exibição contra os sodomitas do Galatasaray ou das dificuldades para eliminar o Penafiel, mas tal feito parece difícil. O Benfas não joga muito, especialmente na defesa, onde o vampiresco Luisão parece ter descido para os níveis de forma de um mero Polga ou Tonel. Contudo, de vez em quando o Aimar tira uma coisa bonita da gaveta e é como se estivéssemos de facto a ver um jogo de futebol. Coisa fantástica, esta de um jogador profissional tratar bem o instrumento de trabalho. Alguém que grave esses momentos e mostre ao Di Maria, esse sim que não tenho a mínima dificuldade em odiar, simplesmente pela forma como parece correr como uma galdéria com a bola nos pés.
Bom, por agora chega. Não falo do Sportem e do Porto porque não me interesso por clubes de meio da tabela, pelo menos por enquanto, até o Quique borrar a pintura toda.
PS: Agora que vejo, parece que o Pauleta decidiu terminar a carreira. Estranho. Estaria à espera de ser convocado pelo Paulo Bento ou pelo Professor Zulmira?
Passa uma hora e cinco minutos da meia noite do dia 18 de Novembro de 2008 e o Leixões ainda lidera a Liga Sagres. Eles que descansem agora porque daqui a pouco têm que ir prá faina.
Antes de partir para uma análise técnico-táctica das peculiaridades da Liga com álcool faço aqui um parêntese face ao diminutivo apresentado na mensagem anterior pelo camarada Vértice de Trás (alcunha demasiado reveladora da orientação sexual, talvez) face à senhora ministra da educação, a conhecida Maria de Lurdes "Pol Pot" Rodrigues. Discordo completamente do diminutivo Malú. Quanto muito seria Milú, como aquela vizinha do lado de 97 anos com os ossinhos todos rendilhados pela osteoporose, porque Malú já está tomado pela Mader.
Em relação à Liga Sagres, as coisas parecem correr bem lá para o lado de Matosinhos. Ah, já agora, antes que me esqueça, alguém que diga aos tipos do Eurogoals na Eurosport que agora somos patrocinados pela companhia de bejecas, porque aquela rapaziada ainda transmite a partir da Superliga.
A grande questão nos dias que correm é que o Mota é o maior, com boné na flash interview ou sem boné na flash interview. Ora quando o camarada Pipi (nova referência sexual francamente mal encapotada) vem dizer "O Zé Mota achei-o despido", há que rectificar. Primeiro porque acredito piamente que o sucesso do Leixões e do Mota neste campeonato está intimamente ligado à melhoria na ventilação crânio-encefálica do Mota, esse mítico lateral que tem no coração o Paços e o Aliados do Lordelo. Com o desaparecimento do boné o Mota não está despido, está é mais arejado.
Num tema completamente diferente, confesso que me esforço por não gostar do Quique, principalmente depois da anti-exibição contra os sodomitas do Galatasaray ou das dificuldades para eliminar o Penafiel, mas tal feito parece difícil. O Benfas não joga muito, especialmente na defesa, onde o vampiresco Luisão parece ter descido para os níveis de forma de um mero Polga ou Tonel. Contudo, de vez em quando o Aimar tira uma coisa bonita da gaveta e é como se estivéssemos de facto a ver um jogo de futebol. Coisa fantástica, esta de um jogador profissional tratar bem o instrumento de trabalho. Alguém que grave esses momentos e mostre ao Di Maria, esse sim que não tenho a mínima dificuldade em odiar, simplesmente pela forma como parece correr como uma galdéria com a bola nos pés.
Bom, por agora chega. Não falo do Sportem e do Porto porque não me interesso por clubes de meio da tabela, pelo menos por enquanto, até o Quique borrar a pintura toda.
PS: Agora que vejo, parece que o Pauleta decidiu terminar a carreira. Estranho. Estaria à espera de ser convocado pelo Paulo Bento ou pelo Professor Zulmira?
Passa uma hora e cinco minutos da meia noite do dia 18 de Novembro de 2008 e o Leixões ainda lidera a Liga Sagres. Eles que descansem agora porque daqui a pouco têm que ir prá faina.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Num losango a Maria de Lurdes Rodrigues é o quê?
Para mim, é uma espécie de Yebda a interior-esquerdo.
Assusta-me olhar para trás e perceber que a educação estava boa quando estudava no ensino básico e secundário. A greve era coisa de comunistas e a única tentativa de boicote que eu e os meus compinchas de aulas fizemos durou cinco minutos e não abriu telejornais. A GNR veio com uma coisa de cortar correntes e foi passar multas aos velhotes míopes incapazes de discernir a passadeira. A causa era nobre: as senhoras da cantina fizeram greve e nós não.
Assusta-me ainda mais perceber que muitos dos que ensinaram o que sei hoje – excluindo o Poupas e essa gente da Rua Sésamo… a Guiomar, a Guiomar que agora faz novelas na TVI - estão aos saltos e aos pulos na rua e gritam e respingam e querem faltar às aulas.
Lamento saber que não fiz parte da geração que ensinou aos professores como faltar às aulas é bom, como respingar é bom, como gritar é bom, como atirar ovos é bom. Mas eles aprenderam, provavelmente com respingadores melhores que eu, que admito, sempre me mexi pouco.
Salva-se a figura de parva da ministra que vai dando para rir cá no burgo. A mim faz-me lembrar um palhaço rico, uma espécie de Luís Filipe Vieira sem bigode mas com ainda mais pneus.
O que me espanta é o que a ministra não sabe, a pobre. Até o secretário de estado da educação já percebeu que o processo de avaliação já está paralisado em, pelo menos, 120 escolas e o Luís Filipe Vieira que os No Name não são flores de estufa. Mas a Malu Rodrigues pensa que as avaliações de professores ainda não lhe chegaram ao gabinete, provavelmente, devido a um atraso nos correios. Pobre inocente.
Dêem-lhe o Magalhães do Lino que, certamente, tem uma lista de spam sexual infindável, e deixem-na ler os jornais online, ver a televisão online, ler os blogues que lhe são dedicados e esclareçam a mulher caramba! Não é democrático isto! Direito à informação!
O que esta situação tem a ver com um losango? Tudo. É que os palhaços ricos desenham losangos nos olhos.
P.S. É bom saber que a sociedade futebolística é justa e igualitária. Os extremistas vermelhos – não estou a falar da malta do bloco – também já têm um quadrado torto para falar mal e com um Yebda a interior esquerdo e tudo. Salvé ao espanhol das patilhas esquisitas. (Os outros extremistas vermelhos, os do Bloco, em termos de formas geométricas também não têm razões de queixa, que a JAD tem duas belas esferas).
NC
Assusta-me olhar para trás e perceber que a educação estava boa quando estudava no ensino básico e secundário. A greve era coisa de comunistas e a única tentativa de boicote que eu e os meus compinchas de aulas fizemos durou cinco minutos e não abriu telejornais. A GNR veio com uma coisa de cortar correntes e foi passar multas aos velhotes míopes incapazes de discernir a passadeira. A causa era nobre: as senhoras da cantina fizeram greve e nós não.
Assusta-me ainda mais perceber que muitos dos que ensinaram o que sei hoje – excluindo o Poupas e essa gente da Rua Sésamo… a Guiomar, a Guiomar que agora faz novelas na TVI - estão aos saltos e aos pulos na rua e gritam e respingam e querem faltar às aulas.
Lamento saber que não fiz parte da geração que ensinou aos professores como faltar às aulas é bom, como respingar é bom, como gritar é bom, como atirar ovos é bom. Mas eles aprenderam, provavelmente com respingadores melhores que eu, que admito, sempre me mexi pouco.
Salva-se a figura de parva da ministra que vai dando para rir cá no burgo. A mim faz-me lembrar um palhaço rico, uma espécie de Luís Filipe Vieira sem bigode mas com ainda mais pneus.
O que me espanta é o que a ministra não sabe, a pobre. Até o secretário de estado da educação já percebeu que o processo de avaliação já está paralisado em, pelo menos, 120 escolas e o Luís Filipe Vieira que os No Name não são flores de estufa. Mas a Malu Rodrigues pensa que as avaliações de professores ainda não lhe chegaram ao gabinete, provavelmente, devido a um atraso nos correios. Pobre inocente.
Dêem-lhe o Magalhães do Lino que, certamente, tem uma lista de spam sexual infindável, e deixem-na ler os jornais online, ver a televisão online, ler os blogues que lhe são dedicados e esclareçam a mulher caramba! Não é democrático isto! Direito à informação!
O que esta situação tem a ver com um losango? Tudo. É que os palhaços ricos desenham losangos nos olhos.
P.S. É bom saber que a sociedade futebolística é justa e igualitária. Os extremistas vermelhos – não estou a falar da malta do bloco – também já têm um quadrado torto para falar mal e com um Yebda a interior esquerdo e tudo. Salvé ao espanhol das patilhas esquisitas. (Os outros extremistas vermelhos, os do Bloco, em termos de formas geométricas também não têm razões de queixa, que a JAD tem duas belas esferas).
NC
domingo, 16 de novembro de 2008
Uma actividade sexual "mais avantajada"; eis uma solução para o fim da crise...
– Por que é que não ficou lá?
– Por burrice. Ou melhor, por burrice e também porque tinha uma actividade sexual mais avantajada e comecei a ter umas dores na coluna. Fui a uma médica que me disse que a quinta vértebra tinha um certo desgaste. Mas não foi só isso. É que o Sporting queria emprestar-me ao Atlético, para rodar, e eu queria era jogar no Sporting. Senti-me um bocado frustrado.
– E então desistiu...
– O futebol era por prazer. Acredito que se o meu objectivo fosse o futebol era por aí que eu seguiria. A forma como ainda toco na bola mostra que provavelmente teria triunfado. Porque atleticamente era privilegiado. Cheio de músculo, alto, estava tudo cansado e eu pronto para mais voltas.
-------------------------------------------------------------------------------
Fui contratado pelo Pipi para O Losango devido a diversas questiúnculas que não são agora chamadas para o caso, tendo aceite o convite para ocupar o vértice direito no "diamante", com funções bem delineadas ao nível da recuperação e posse de bola no último terço adversário e, especialmente, parvejar no blogue.
Devo-lhe, portanto, a honra de poder escrever neste nobre espaço e nada como agradecer-lhe com a resposta para um dos 73 problemas que afligem o Sporting nesta época desportiva: a posição de defesa/lateral-esquerdo.
Se a questão é esta, meu caro Pipi, eu tenho um concorrente de peso para o lugar: Emanuel, o cantor pimba. Foi mais um, como ele diz acima, entre as dezenas de estrelas perdidas após a formação feita em Alvalade; neste caso, não para os outros rivais mas, infelizmente para nós, para uma carreira musical deprimente.
Pelas palavras de Emanuel, retiradas de uma entrevista ao Correio da Manhã, o Sporting ainda parece ir a tempo de recuperar o homem e, principalmente, o jogador, que pode ser um excelente trunfo na caminhada para garantir uma posição na Taça Intertoto.
"Atleticamente privilegiado, músculo, alto"? Que melhores virtudes para a posição pode ter um jogador? É preciso cuidado com a actividade sexual "mais avantajada", qual Antonio Cassano português, mas aqui têm uma séria opção. Não é preciso agradecer, faço com gosto.
– Por burrice. Ou melhor, por burrice e também porque tinha uma actividade sexual mais avantajada e comecei a ter umas dores na coluna. Fui a uma médica que me disse que a quinta vértebra tinha um certo desgaste. Mas não foi só isso. É que o Sporting queria emprestar-me ao Atlético, para rodar, e eu queria era jogar no Sporting. Senti-me um bocado frustrado.
– E então desistiu...
– O futebol era por prazer. Acredito que se o meu objectivo fosse o futebol era por aí que eu seguiria. A forma como ainda toco na bola mostra que provavelmente teria triunfado. Porque atleticamente era privilegiado. Cheio de músculo, alto, estava tudo cansado e eu pronto para mais voltas.
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Fui contratado pelo Pipi para O Losango devido a diversas questiúnculas que não são agora chamadas para o caso, tendo aceite o convite para ocupar o vértice direito no "diamante", com funções bem delineadas ao nível da recuperação e posse de bola no último terço adversário e, especialmente, parvejar no blogue.
Devo-lhe, portanto, a honra de poder escrever neste nobre espaço e nada como agradecer-lhe com a resposta para um dos 73 problemas que afligem o Sporting nesta época desportiva: a posição de defesa/lateral-esquerdo.
Se a questão é esta, meu caro Pipi, eu tenho um concorrente de peso para o lugar: Emanuel, o cantor pimba. Foi mais um, como ele diz acima, entre as dezenas de estrelas perdidas após a formação feita em Alvalade; neste caso, não para os outros rivais mas, infelizmente para nós, para uma carreira musical deprimente.
Pelas palavras de Emanuel, retiradas de uma entrevista ao Correio da Manhã, o Sporting ainda parece ir a tempo de recuperar o homem e, principalmente, o jogador, que pode ser um excelente trunfo na caminhada para garantir uma posição na Taça Intertoto.
"Atleticamente privilegiado, músculo, alto"? Que melhores virtudes para a posição pode ter um jogador? É preciso cuidado com a actividade sexual "mais avantajada", qual Antonio Cassano português, mas aqui têm uma séria opção. Não é preciso agradecer, faço com gosto.
Ensaio filosófico-analítico sobre a condição social, sociológica, psicológica e desportiva de Paulo Bento e considerações afins
Como alguns terão entretanto percebido, o nome do presente lugarejo está associado à rigidez de espírito do rapaz de cabelo esquisito. Não obstante, alguns méritos lhe reconhecemos: a lucidez, por exemplo. Depois de ver durante dezenas de jogos que a sua equipa tem uma qualidade de futebol só digna de uma Liga dos Últimos - uma que não fira susceptibilidades, está claro - até ele percebeu que não há mais volta a dar. Não há unhas para a guitarra. Que é boa. É uma Fender – ou quase. E é precisamente por a guitarra ser quase uma Fender que este ano ir à Liga dos Campeões já é capaz de não chegar para a massa adepta do Sporting, que é na sua maioria rapaziada informada e só vagamente extremista – não estamos a falar de labregos encarnados ou de tripas da ribeira, por exemplo.
Reparem que o presidente que sofre de gigantismo considera o seu clube tão grande que se vangloria de, ano após ano, ganhar troféus – demagogias à parte, a Taça de Portugal é uma competição menor (se a final até é disputada no inenarrável Jamor) – e de garantir a Liga dos Campeões. Vai daí e o Bento anunciou, sem papas na língua, que no final da época acaba um ciclo. O que está correcto. E que é, em particular, uma excelente notícia para as pessoas que gostam do Sporting e para as pessoas que gostam de futebol, em geral.
A verdade é que o Paulo e a sua boa vontade são louváveis mas são curtos. No essencial, um treinador deve perceber de futebol. Fosse eu dirigente (aceito opiniões divergentes) e condição sine qua non para contratar um treinador seria, inevitavelmente, perceber de bola. Já ter tocado na chincha, eventualmente, mas ainda mais importante, não ser alheio ao fenómeno de que no futebol se marcam golos e para isso, se colocam a jogar os melhores jogadores, de preferência numa disposição (táctica, diz quem sabe) que proporcione esse tipo de acontecimentos.
Ora, o Paulo, que até teve boa nota no curso de treinador (superado apenas pelo seu adjunto e por dois ou três Antónios Conceições) não percebeu certas nuances da lição, nomeadamente, a matéria do segundo ano da escolaridade obrigatória dos treinadores: quando o adversário dá espaço para se tentar o golo, há que aproveitá-lo; se não dá, há que procurá-lo, utilizando, uma vez por outra, os flancos e velocidade. Infelizmente para o desporto, o Paulo insiste em que, mesmo muito (muito) devagarinho, a sua equipa pode conseguir marcar golos. E julgo que é pelo facto de o Paulo Bento pretender jogar devagarinho ali pelo meio, que até nem faz mal que o Rochemback tenha uns dez quilos a mais, enquanto o Miguel Veloso se fica por uns modestos cinco acima do peso ideal. Paradoxalmente, o Paulo acha que estes jogadores, que são rápidos por natureza e estão evidentemente balofos, devem jogar nos flancos, o primeiro como interior-direito (seja lá o que isso for), o segundo como defesa-esquerdo.
E eu percebo a urgência do defesa-esquerdo. Existem três concorrentes à posição. Um deles é o Caneira, que é feio, dextro e péssimo jogador de futebol, num cômputo geral. Outro (o suposto titular da posição, Grimi) veio do poderoso Milão, seria o sucessor de Paolo Maldini e é um grande jogador, muito embora, e isso é uma pena, cada vez que toque na bola a meta fora das quatro linhas com um chuto forte para a bancada, seja em situação defensiva ou atacante, esteja solto ou apertado. O outro, – bem… - o outro é o Ronny.
PS: A despropósito. Nas declarações ao flash interview pós-Sporting-Leixões, notei algo de estranho. Dois pontos. Primeiro) É contranatura um treinador como o José Mota (ou Mota, vamos relembrar os tempos ridículos da RTP Memória) estar em primeiro no campeonato. Contranatura, e aliás, estúpido. É sinal dos tempos. Quando o José Mota está em primeiro no campeonato, o campeonato tem nome de quê, cerveja? Segundo) Ao fim de quatorze (ou dezanove…) anos, já era tempo dos fashion designers assimilarem nas suas tendências o conjunto fato/ boné colorido. O Zé Mota achei-o despido.
PG
Reparem que o presidente que sofre de gigantismo considera o seu clube tão grande que se vangloria de, ano após ano, ganhar troféus – demagogias à parte, a Taça de Portugal é uma competição menor (se a final até é disputada no inenarrável Jamor) – e de garantir a Liga dos Campeões. Vai daí e o Bento anunciou, sem papas na língua, que no final da época acaba um ciclo. O que está correcto. E que é, em particular, uma excelente notícia para as pessoas que gostam do Sporting e para as pessoas que gostam de futebol, em geral.
A verdade é que o Paulo e a sua boa vontade são louváveis mas são curtos. No essencial, um treinador deve perceber de futebol. Fosse eu dirigente (aceito opiniões divergentes) e condição sine qua non para contratar um treinador seria, inevitavelmente, perceber de bola. Já ter tocado na chincha, eventualmente, mas ainda mais importante, não ser alheio ao fenómeno de que no futebol se marcam golos e para isso, se colocam a jogar os melhores jogadores, de preferência numa disposição (táctica, diz quem sabe) que proporcione esse tipo de acontecimentos.
Ora, o Paulo, que até teve boa nota no curso de treinador (superado apenas pelo seu adjunto e por dois ou três Antónios Conceições) não percebeu certas nuances da lição, nomeadamente, a matéria do segundo ano da escolaridade obrigatória dos treinadores: quando o adversário dá espaço para se tentar o golo, há que aproveitá-lo; se não dá, há que procurá-lo, utilizando, uma vez por outra, os flancos e velocidade. Infelizmente para o desporto, o Paulo insiste em que, mesmo muito (muito) devagarinho, a sua equipa pode conseguir marcar golos. E julgo que é pelo facto de o Paulo Bento pretender jogar devagarinho ali pelo meio, que até nem faz mal que o Rochemback tenha uns dez quilos a mais, enquanto o Miguel Veloso se fica por uns modestos cinco acima do peso ideal. Paradoxalmente, o Paulo acha que estes jogadores, que são rápidos por natureza e estão evidentemente balofos, devem jogar nos flancos, o primeiro como interior-direito (seja lá o que isso for), o segundo como defesa-esquerdo.
E eu percebo a urgência do defesa-esquerdo. Existem três concorrentes à posição. Um deles é o Caneira, que é feio, dextro e péssimo jogador de futebol, num cômputo geral. Outro (o suposto titular da posição, Grimi) veio do poderoso Milão, seria o sucessor de Paolo Maldini e é um grande jogador, muito embora, e isso é uma pena, cada vez que toque na bola a meta fora das quatro linhas com um chuto forte para a bancada, seja em situação defensiva ou atacante, esteja solto ou apertado. O outro, – bem… - o outro é o Ronny.
PS: A despropósito. Nas declarações ao flash interview pós-Sporting-Leixões, notei algo de estranho. Dois pontos. Primeiro) É contranatura um treinador como o José Mota (ou Mota, vamos relembrar os tempos ridículos da RTP Memória) estar em primeiro no campeonato. Contranatura, e aliás, estúpido. É sinal dos tempos. Quando o José Mota está em primeiro no campeonato, o campeonato tem nome de quê, cerveja? Segundo) Ao fim de quatorze (ou dezanove…) anos, já era tempo dos fashion designers assimilarem nas suas tendências o conjunto fato/ boné colorido. O Zé Mota achei-o despido.
PG
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