A coisa está estranha, há que dizê-lo. Manuel Alegre recuperou o movimento de cidadania que o fez vice-presidente da República, agita as águas nos Fóruns das Esquerdas (excepto a comunista e a dita socialista – sobrando, portanto, todas as outras) e já fala em criação de partidos, embora, segundo diz desde há anos a esta parte, tenha “uma vida política muito longa e este seja um processo muito complexo”.
Vai daí, e parece que todos os partidos resolveram assumir ao mesmo tempo os problemas de identidade que inegavelmente têm. Desde logo, no Centro Democrático Social - Partido Popular, temos a generalidade do partido em ruptura com Paulo Portas, que, dizem os militantes, tornou o CDS/PP a sua quinta privada e se desviou completamente do ideário que Freitas do Amaral e Adriano Moreira preconizaram. No PSD, a generalidade das pessoas já percebeu que dificilmente Manuela Ferreira Leite fará qualquer tipo de oposição a um seu sósia – uma trintena de anos mais novo e consideravelmente mais bonito. É natural que, quando tente dizer alguma coisa, saia invariavelmente merda: é uma tarefa confusa para um idoso tentar articular ideias, quanto mais fingir que se está contra aquilo que se é a favor.
No Partido Socialista, pelo contrário, resolveu José Sócrates por bem anunciar o seu partido como de esquerda moderada e popular, – nem de esquerda, muito menos popular, dizemos nós. Enquanto isso, o Bloco de Esquerda depara-se com novos desafios: com o PS colado à área ideológica do PSD, ou o Bloco dá um passo em frente aproximando-se do que nunca pretendeu ser (humm… um partido de esquerda moderada e popular?) e se faz alternativa governativa para a ex-área ideológica do PS-pré-José Sócrates ou compromete o seu futuro e ficará nos dez por cento até o fim dos (seus) tempos. O Partido Comunista, claro, ficou estagnado na década de 70 do passado século, pelo que não existem ali divergências democráticas.
sábado, 20 de dezembro de 2008
sábado, 13 de dezembro de 2008
Quem disse que o D de CDS era de Democrático?
Sei bem que ninguém vem aqui diariamente e, por isso, tenho noção que ninguém vai ler este post até que o Paulinho seja, novamente, eleito presidente do pseudo-partido de centro – acho que no PP, só o Freitas do Amaral percebeu o que isso quer dizer, por ser vira casacas.
O que aqui me trouxe foi uma questão que se acercou da parte pensante do meu córtex cerebral – provavelmente, isto já estava há muito reprimido no meu ID, que o Freud diz que eu tenho um.
Questionou então a parte (mais ou menos) pensante do meu cérebro, depois de constatar que os Betos – também conhecidos como militantes do PP – iam hoje a votos para escolher o líder, o que quereria dizer o D de CDS... Investiguei e descobri que quer dizer democrático. Voltei a ler a notícia de que os militantes do PP – os Betos – iam hoje a votos reeleger o Portas em lista única e pensei noutra palavra que se escreve com D no início e no meio também.
O que aqui me trouxe foi uma questão que se acercou da parte pensante do meu córtex cerebral – provavelmente, isto já estava há muito reprimido no meu ID, que o Freud diz que eu tenho um.
Questionou então a parte (mais ou menos) pensante do meu cérebro, depois de constatar que os Betos – também conhecidos como militantes do PP – iam hoje a votos para escolher o líder, o que quereria dizer o D de CDS... Investiguei e descobri que quer dizer democrático. Voltei a ler a notícia de que os militantes do PP – os Betos – iam hoje a votos reeleger o Portas em lista única e pensei noutra palavra que se escreve com D no início e no meio também.
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